"Quando vires os teus olhos a verem-te, quando não souberes se tu és tu ou se o teu reflexo no espelho és tu, quando não conseguires distinguir-te de ti, olha para o fundo dessa pessoa que és e imagina o que aconteceria se todos soubessem aquilo que só tu sabes sobre ti."
quarta-feira, abril 26, 2006
Moonspell em prova de fogo
Os Moonspell apresentam sexta-feira ao vivo, no Hard Club, em Vila Nova de Gaia, o novo álbum, "Memorial", que os músicos garantem manter a «fantasia» que os caracteriza. A mais internacional banda de metal portuguesa promete uma «noite Moonspell», entendida pelo vocalista e letrista, Fernando Ribeiro, como uma verdadeira «prova de fogo».
Em entrevista à Agência Lusa, Fernando Ribeiro afirmou que, depois da experiência de parceria com o escritor José Luís Peixoto em "Antidote", a banda quis dar a "Memorial" uma forma mais «despida», mas mantendo a «fantasia» própria da sua música.
O disco, com 13 temas (e uma faixa extra na edição especial), vive de ritmos pesados, ancorados no heavy-metal e no rock gótico que há vários anos é a base do som dos Moonspell.
Para Fernando Ribeiro, "Memorial" é um trabalho «cristalino», assente em canções simples e directas, mas decoradas com «arranjos mais complexos» do que no passado, num processo de composição que os Moonspell abordaram com «muita confiança» e que resulta num disco ao mesmo tempo «épico e íntimo».
Produzido na Alemanha com o habitual produtor Waldemar Sorychta, o novo álbum revisita o tema do sangue, habitual no passado dos Moonspell, tanto em títulos como "Sanguine", como no grafismo, marcado pelo vermelho-sangue.
Ao longo de uma carreira com mais de dez anos, os Moonspell procuraram sempre criar entre si e com os ouvintes um sentimento «tribal», especialmente através de temas presentes nas letras, um dos quais o sangue, como metáfora para várias coisas: das relações amorosas à honra ou tradição.
«A música dos Moonspell é exigente com os ouvintes, não é entretenimento nem tem nenhuma mensagem social», afirmou Fernando Ribeiro, para quem o segredo de conquistar um fã, nem que seja durante o tempo que demora escutar um disco, é «falar ao coração das pessoas».
A internacionalização, meta de tantas bandas que nunca a atingiram, é para os Moonspell um dado adquirido há mais de uma década, mas a banda continua a sentir-se essencialmente portuguesa.
Fernando Ribeiro entende a dimensão internacional dos Moonspell como «uma coisa normal», depois de numa primeira fase ter servido de «visto de credibilidade» para a banda ser aceite também em Portugal.
in Portugal Diário
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