Tal com o Ford GT40 foi o primeiro automóvel de competição a quebrar a barreira das 200 milhas por hora (321,87 km/h) em Le Mans, o novo Ford GT tornou-se no primeiro automóvel de produção a ostentar a oval azul a ultrapassar aquele tecto em termos de velocidade máxima.
O feito foi atingido durante um teste recentemente realizado na pista italiana de Nardo, onde se efectuaram análises em termos de estabilidade a alta velocidade e de durabilidade de motores, local onde o Ford GT atingiu uma velocidade máxima certificada de 205 mph (329,92 km/h). Em 1966, um GT40 atingira as 201 mph (323,48 km/h) na famosa Recta de Mulsanne durante as '24 Horas de Le Mans', pelo que agora o novo Ford GT dá continuidade à lenda, atingindo novos máximos.
"A equipa de engenheiros voltou a ultrapassar todas as expectativas," afirmou John Coletti, Director dos Programas Ford SVT. "Trata-se de um enorme feito que coloca o Ford GT entre os maiores automóveis desportivos da história."
A equipa de engenheiros do programa Ford GT levou duas unidades do modelo até à pista de testes de Nardo com vista à realização de testes de estabilidade a alta velocidade, ao mesmo tempo que procedia a um teste de durabilidade de motores, em que se pretendia percorrer 500 milhas (cerca de 805 km).
Desde o início do programa que foi dada uma cuidada atenção às questões relacionadas com a aerodinâmica e estabilidade a alta velocidade, nomeadamente quando a equipa de engenheiros testou um Ford GT40 original no túnel de vento. O GT40 mostrou uma tendência para 'descolar' a altas velocidades, pelo que a equipa concluiu que o Ford GT iria padecer do mesmo problema se não se tomassem as devidas precauções. De modo a não efectuar alterações de maior ao bem executado design exterior, os engenheiros limitaram, em grande parte, as alterações aerodinâmicas ao fundo do veículo. Como resultado, súbtis alterações ao nível da asa traseira, dos deflectores da frente e laterais e ainda das entradas de ar atrás são as poucas modificações visíveis.
"Conduzir o Ford GT a velocidades acima das 200 mph não apresentou problemas de maior, o que se pode considerar muito positivo," said Mark McGowan, Supervisor de Dinâmica e Piloto de Testes do Ford GT durante a sessão realizada em Nardo. "Pude percorrer por diversas vezes os 13 km de pista com o acelerador colado ao chão, sempre com plena confiança em termos de estabilidade e de controlo do carro acima das 200 mph. A única limitação cingiu-se à quantidade de combustível disponível no depósito!"
O motor V8 de 5,4 litros turbocomprimido de 550 cv do Ford GT foi, também ele, posto à prova na visita a Nardo. A equipa de engenheiros pretendeu levá-lo ao limite durante o teste de 500 milhas à velocidade máxima ou muito perto disso, de modo a provar a robustez e durabilidade do grupo propulsor. Não só o motor exibiu um excelente poder de aceleração até às 205 mph de velocidade máxima, como também passou o teste de durabilidade sem apresentar problemas significativos.
"O Ford GT está a atingir níveis de 'performance' no mesmo patamar de outros modelos exóticos que custam três ou quatro vezes mais, ao mesmo tempo que continua a cumprir com todos os requisitos em termos de engenharia e qualidade inerentes a qualquer programa de veículos Ford," referiu Coletti. "Não se trata de um feito menor, mas de um exemplo claro da paixão e do talento que existe no seio da Companhia."
O Ford GT, versão 2005, será construído na fábrica da Ford de Wixom, no estado norte-americano de Michigan. A produção arranca no próximo Verão.
ZekE
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