quarta-feira, julho 14, 2004

JVP na casa da partida


O regresso de João Vieira Pinto ao Boavista é muito mais do que isso. Doze anos depois, o menino que o Bessa viu nascer para o futebol chegou homem maduro e com muitas histórias para contar. Vai jogar com o n.º 12 e por aí começa a justificação da sua contratação. O Boavista quer implementar uma espécie de "marca" João Pinto, apelando ao 12.º jogador que venha ao Bessa para encher o renovado estádio. João Loureiro focou este aspecto por mais de uma vez durante a concorrida conferência de Imprensa, pedindo "a adesão dos sócios para a nova campanha" e concordando que o regresso de João Pinto é "muito sentimental", mas também uma arrojada manobra de marketing...

Visivelmente emocionado pela presença de mais de 200 boavisteiros que gritaram em uníssemo "João Pinto , olé, olé", o jogador confessou que estava à espera "deste carinho" e, de lágrimas nos olhos, não conseguiu explicar as emoções. "Este meu regresso é algo que não consigo traduzir em palavras", registou com a voz embargada pela emoção.

Mas João Pinto também fez questão de registar que nesta fase da sua carreira "há coisas muito mais importantes do que o dinheiro", recebendo palmas pela frase e admitindo a seguir que teve muitos convites, mas o Boavista era o seu objectivo.

Agora, João Pinto só espera "retribuir todo o carinho dos boavisteiros dentro do campo", mas sabe que a Selecção Nacional já é um propósito praticamente inatingível: "Sinceramente não penso nisso. O presente é o Boavista e já penso em trabalhar, porque já estou há um mês e meio de férias. É muito..."


Um ano agora e opção é dele

O Boavista queria dois anos, mas João Pinto só aceitou um e ficou ele com a opção: "Não venho aqui para acabar a carreira. Isso seria uma falta de respeito para com o clube que não quero comprometer. No final da época, se sentir que posso dar mais, cá estarei..."

ZekE

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