Baterista e co-fundador da maior banda de heavy metal brasileira alega desgaste e incompatibilidade de idéias com os integrantes da banda e sinaliza novos projetos
Iggor Cavalera, um dos fundadores da maior banda de heavy metal brasileira, o Sepultura, comunica a sua saída da banda. O músico e baterista alega desgaste e incompatibilidade de idéias com o resto da banda e sinaliza novos projetos.
“Vários motivos me levaram a tomar essa importante decisão em minha vida e gostaria de compartilhar isso com todos. Acredito que a minha missão no Sepultura tenha chegado ao fim. Tenho muito orgulho de tudo o que fizemos, mas hoje sinto que o formato da banda já não atende mais às minhas expectativas como músico e como pessoa. Desde a minha última turnê na Europa em dezembro de 2004, percebi que as minhas idéias já não batiam com as do resto da banda”, afirma Iggor.
Desde 1985, o Sepultura lançou 10 discos (“Bestial Devastation”, 1985; “Morbid Visions”, 1986; “Schizophrenia”, 1987; “Beneath the Remais”, 1989; “Arise”, 1991; “Roots”, 1996; “Against”, 1998; “Nation”, 2001 “Roorback”, 2003 e DanteXXI, 2006), que venderam milhares de cópias mundialmente. A banda conheceu seu auge de vendas e de público nos shows em 1996, ano de lançamento, de Roots, que representou uma guinada musical no heavy metal, com a inserção de percussões tribais, fruto de novas experiências musicais com índios xavantes. No entanto, após o lançamento do disco e da turnê mundial, Max Cavalera vocalista e guitarrista, irmão de Iggor comunicou sua saída da banda para seguir carreira-solo. A banda continuou na estrada, com Derrick Green, continuando o sucesso da formação original.
Afastado das turnês desde meados de 2005, quando foi substituído por Roy Mayorga, Iggor começou a notar que suas ambições individuais não eram compatíveis com as do grupo e começou a seu processo de afastamento criativo do Sepultura. “Muitos anos de trabalho em conjunto fizeram com que o relacionamento fosse se desgastando cada vez mais e vejo que hoje não há compatibilidade de idéias entre eu e o resto da banda. Tentei deixar isso claro aos outros membros propondo que déssemos um tempo, no entanto a prioridade deles era a de continuar tocando independentemente da minha permanência”, diz Iggor.
Como músico e baterista, Iggor continua batalhando e buscando novas referências para produzir algo autêntico e verdadeiro que represente aquilo que o Sepultura foi em sua vida. Ultimamente, o músico pesquisa uma pegada mais atual para o heavy metal, com influências do hip hop, metal e hardcore.. Segundo Iggor, a decisão de sair do Sepultura foi uma das mais difíceis de sua carreira, uma vez que, como um dos fundadores da banda, dedicou praticamente toda sua vida à banda.
“Gostaria imensamente de agradecer a todos os fãs que me apoiaram e continuam apoiando a nossa música. E também a todos que trabalharam para fazer do Sepultura a banda que é.”
2 comentários:
Na discografia esqueceram-se "apenas" do melhor trabalho deles, e para mim, um dos 10 melhores albuns de metal dos 90's
Fortes (o outro)
Esqueceram-se de mais, não só de 1, mas sim de 5!!
Third World Posse (1992)
Chaos A.D. (1993)
The Roots Of Sepultura (1997)
Blood-Rooted" (1997)
Revolusongs (2002)
Mas sei a qual te referes...é sem dúvida muito bom.
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