Optei por um tema que embora muitas vezes considerado aborrecido e de pouco trato, está presente e condiciona directa e indirectamente a nossa vida. Este exercicio mental, que apesar de muitas mentes não estarem conscientes para tal, tem e deve estar sempre em aberto e para discussão. Afinal, somos nós o futuro da nação, queiramos ou não. Naturalmente haverá quem seja mais interventivo, mas todos nós devemos estar atentos. (Até pelas carreiras profissionais que previsivelmente deveremos/estamos (a) preconizar!!)
Há quem diga convicta e abertamente que o Poder traz consigo a corrupção. Dá a sensação que o Poder corrompe e não deixa margem de manobra a quem o exerce! Já pararam para pensar nisto?
Todo o comum eleitor ou com a minima consciência politica sabe dizer: “Ah, saem uns, entram outros mas são todos iguais, nunca fazem o que prometem!” Mas será porque todos os politicos são incompetentes? Será que quem exerça ou se candidate a um cargo politico é por natureza incompetente e corrupto? Ou só o Poder, nas mãos certas, consegue desenvolver uma sociedade justa e que dignifique o ser humano? E quem são essas “mãos”? São os que nós dizemos “Ah, aquele, o “X”, esse é que devia lá estar...” ? Que muitas vezes ou não está interessado em “fazer pelo país” (por razões económicas/financeiras ou outras) ou é apenas do nosso interesse pessoal?
Na minha opinião, as “mãos certas” são de quem humildemente e talvez até inocentemente queira fazer pela sua terra e pelo seu país, e tenham disponibilidade para tal! Pessoas ambiciosas e com determinação, que não sejam “politicos de profissão”. Que tenham valor, de várias áreas, de várias idades e de várias classes. É claro que quem auferir valores mais elevados no sector privado ou mesmo num cargo público sentir-se-á confortável e não quererá comprometer essa posição. Mas tende-se a confundir rendimentos com capacidade. Os cargos politicos não deverão ser lugares para quem precisa, mas para quem pode contribuir para o bem geral e assim, indirectamente, para o seu, com o risco de ser necessário remunerar quem desempenha cargos politicos, análogamente de quem desempenha os mesmo cargos mas a nivel privado, por forma a garantir a defesa dos interesses públicos em detrimento dos interesses coorporativos.
No fundo, todo nós somos politicos em potência, só que, nem sempre conseguimos elevar o nosso pensamento ao patamar necessário para intervir nesta, cada vez mais, democracia “encaputada”. É urgente, primeiro começarmos a perceber, nós que nascemos depois do 25 de Abril e não vivemos na nostalgia do pós-totalitarismo, que não nos podemos alhear da realidade e que devemos encontrar uma solução para o modelo democrático, que admitam, está falido. Não é possível continuarmos a admitir aumentos dos impostos directos e que mais afectam as empresas e classes baixa e média (que sustenta o país!!), mais “job for the boys”, mais investimento público do que privado, entre outros (quase infindáveis). Aumenta o desemprego, dizem vocês? E então? Lembram-se dos 20% de desemprego que havia em Espanha há 15 anos? E agora, como estão? A titulo de informação, prevê-se que os “nuestros hermanos” passem a ser umas das cinco potências mundiais em 2025!! É preferivel comprometer o futuro do país e “manter calada a contestação social”?
Peço-vos, pensem por vocês e não se esqueçam, aqueles que “tão lá no parlamento e não fazem nenhum” são os que decidem as nossas vidas que, por absurdo, podem deliberar(caso não seja inconstitucional, claro) que amanhã comecemos todos a pagar portagem para andar na rua!!
Stress
Este texto foi feito pelo Stress no seguimento de uma (entre varias) conversas sobre o assunto que tivemos no messenger. Pareceu-me pertinente um post, ainda que não da minha autoria, sobre este assunto, especialmente tendo em conta a situação do país.
Ainda que não tenha opiniões concordantes a nível partidário bem como a outros níveis políticos, concordo inteiramente com o que acima está escrito.