Segundo um estudo da Wood Mackenzie
Gasóleo vai faltar na Europa já daqui a 10 anos
Daqui a dez anos, a Europa vai começar a sofrer uma escassez de combustível diesel que não poderá compensada pelas importações da Rússia nem do Próximo Oriente, a não ser que se dê uma grande inversão nas refinarias. As conclusões constam de um estudo da Wood Mackenzie, divulgado esta quarta-feira.
«Especialmente, a procura de destilados intermédios continuará a crescer rapidamente, superando o ritmo de qualquer subida no fornecimento», refere um dos consultores da Wood Mackenzie, Aileen Jamieson, citado pela «Europa Press».
«O lugar de onde vêm estes abastecimentos e o impacto que estes têm nas margens de refinação para a Europa são dois aspectos chave que a indústria e os investidores devem entender», adiantou o mesmo.
Os investimentos nas refinarias não melhoraram nos últimos anos, salvo na procura de combustíveis mais limpos, apesar de 2004 ter sido um ano de forte actividade para as refinarias no mundo, adiantam.
Actualmente, existe na Europa um considerável número de projectos de investimento que, na opinião da Wood Mackenzie, não vão gerar os resultados suficientes para fazer face ao défice crescente do diesel no continente. «O défice de diesel aumentará notavelmente depois de 2010 devido à pouca circulação de diesel de boa qualidade», acrescenta Aileen Jamieson, ainda citado pela mesma agência.
Desta forma, a Europa tornar-se-á cada vez mais dependente da importação destes carburantes, o que dará um papel mais relevante às refinarias da Rússia, Próximo Oriente, Ásia-Pacífico e Estados Unidos.
Enquanto este problema se agrava na Europa, as regiões da América do Norte e da Ásia-Pacífico começarão a sofrer incertezas semelhantes, de modo a que a Europa tenderá a sentir mais dificuldades para abastecer-se com normalidade. «Isto significa que necessitaremos de investir mais para aumentar o número de projectos globais», assinala Aileen Jamieson.
Fonte: Agência Financeira