domingo, outubro 23, 2005

Negócio da prostituição «rende mais que o tráfico de droga»

Exploração de mulheres «está em ascensão». Prostituição passou a incluir a figura do proxeneta «explorador» que recebe em média entre 457 e 914 euros, por dia. Portugal é país de acolhimento para exploradores deste negócio «porque a pena é menor»

Quatro milhões de mulheres são, anualmente, compradas em todo o mundo. Dados da ONU revelam que cerca de 200 mil mulheres de países de Leste caem nas mãos de exploradores europeus. «São homens que reduzem ao dinheiro a vida das mulheres que põem na prostituição», explica ao PortugalDiário a directora de «O Ninho», uma instituição para a promoção humana e social de mulheres vítimas de prostituição.

Em Portugal, não há dados concretos que demonstrem esta realidade. Mas «está a tornar-se num negócio lucrativo e em plena ascensão que rende mais que o tráfico de droga», garante Inês Fontinha. «É mais fácil traficar mulheres porque basta terem um passaporte e um visto. A droga requer outras técnicas», acrescenta.
O volume de vendas situa-se entre os 5,4 e 7,6 milhões de euros, por ano e em todo o mundo. Segundo a Interpol, uma mulher consegue entregar ao homem que a explora, o proxeneta, 107 mil euros por ano. «Uma prostituta que tem entre 15 e 30 clientes por dia chega a entregar-lhe entre 457 e 914 euros», revela um comunicado.

«O proxeneta é sempre um explorador mesmo que, muitas das vezes, as mulheres vivam com eles relações afectivas. Funcionam como um elemento protector com quem as prostitutas vivem um amor de ilusão. Mas o que eles querem é o dinheiro que elas trazem todos os dias», esclarece Inês Fontinha.

A prostituição já não se reduz a um acto individual de uma pessoa que se aluga por dinheiro. «Passou a ser uma organização comercial, com dimensões locais, nacionais e internacionais que aprisiona jovens e mulheres num sistema de exploração», explica a mesma fonte.

Por viverem na clandestinidade e serem consideradas redes de crime, os exploradores de prostitutas «lutam pela legalização da indústria do sexo». Mas «não dão a cara por uma causa que só a eles dá lucro». Usam as mulheres que exploram como meros objectos para fazerem valer as suas reivindicações e defender a legalização da prostituição em nome «do direito fundamental de dispor do seu próprio corpo», diz ao PortugalDiário a directora de «O Ninho» que viu o seu trabalho reconhecido como uma das mulheres candidatas ao prémio Nobel da Paz.

«Legalizar a prostituição é ir contra a defesa dos direitos e da dignidade humana» diz Inês Fontinha exemplificando: «uma jovem inscrita num centro de emprego na Alemanha [onde a prostituição já foi legalizada] foi chamada para trabalhar num bordel. Como recusou, ficou sem subsídio de desemprego».

«Há que tomar medidas severas» alerta a mesma fonte para quem uma pena mínima de seis meses de prisão imposta aos proxenetas «é um risco que eles não se importam de correr». Portugal é, por isso mesmo, um país de acolhimento para estes indivíduos «porque a pena é menor», acrescenta

in www.portugaldiario.iol.pt

Eu honestamente vejo tanto de positivo como de negativo na legalização, bem como em não legalizar, mas a verdade é que legalizado ou não, a prostituição existe, e não vai mudar.

Sou a favor da legalização, mas verdade é que os principais beneficiados já se sabe quem seriam...

Alguém interessado em dedicar-se ao ramo??? Eu desde já me ofereço como "CHULO"!!

2 comentários:

kidloco disse...

Zeke, que tal uma sociedade ah? Vamos ao leste, Brasil e afins, sacamos umas gajas e pimba! É só guito a entrar...Mai nada!

Luke disse...

Letónia???